O que assolou o Poxim?

Os impactos que ocorrem no solo, na maioria das vezes, são resultantes de ações antrópicas, normalmente devido ao manejo agrícola inadequado que culmina com a erosão, intensificada pelo uso além da capacidade de suporte. Na sub-bacia do rio Poxim podem ser observados impactos pela atividade agropecuária, extração de minerais e manutenção inadequada de estradas que resultam na erosão do solo. Além desses problemas, existem áreas de desmatamento para o plantio de cana-de-açúcar, com a utilização da vegetação para produção de lenha e estacas para os lotes e fazendas.

A exploração dos recursos naturais está diretamente relacionada ao desmatamento, seja para fins da pecuária ou para a agricultura, associada ao histórico processo de ocupação com a cana-de-açúcar e, atualmente, as culturas agrícolas para subsistência.  A supressão da vegetação, situação ambiental que constantemente ocorre desde a nascente, afetando toda a sub-bacia hidrográfica do rio, caracterizando-se, junto com o lixo, como seu maior problema ambiental, especialmente na zona rural. O desmatamento das matas ciliares retira a proteção contra da deposição de sedimento, ocasionando o assoreamento do rio.

Indicativos de assoreamento no rio Poxim-Açu após a barragem. Imagem autoral.

Os problemas de desmatamento também podem ser atribuídos à falta de fiscalização, à ausência de Planos Diretores Municipais que inibam estas ações e à necessidade de atualização e cumprimento dessas diretrizes. 

Impactos do desmatamento na Bacia do Rio Sergipe como um todo. Retirado do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, 2014. 

Referências:

MACEDO, L. C.; NASCIMENTO, N. S. do; AGUIAR NETTO, A. de O. Diagnóstico Sócio-Ambiental da Sub-bacia Hidrográfica do Rio Poxim-Mirim. Paraíba, 2008.

Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. "Cenários do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe". 2014.