A construção da barragem do rio Poxim propiciou a descoberta de cinco novos sítios arqueológicos em Sergipe. Através de aproximadamente 3 mil peças, fragmentos históricos e pré-históricos, um estudo realizado entre janeiro e março de 2013 com o acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), revelou evidências de civilizações passadas na área do povoado Timbó, São Cristóvão.
O Sítio Juá é uma aldeia indígena anterior à chegada do Europeu; e o vestígio pré-histórico às margens do rio Poxim mostra como o cotidiano e o desenvolvimento da humanidade sempre esteve intrínseco ao ciclo da água, fundamental à vida.
O Sítio Juá é uma aldeia indígena anterior à chegada do Europeu; e o vestígio pré-histórico às margens do rio Poxim mostra como o cotidiano e o desenvolvimento da humanidade sempre esteve intrínseco ao ciclo da água, fundamental à vida.
Nos demais sítios
históricos, estavam objetos do século XIX. No Timbó, por exemplo, havia grande
quantidade de bordas de formas de pão de açúcar, utilizado nos engenhos para a
fabricação do açúcar. A função do sítio é a de um pequeno engenho, associado,
possivelmente, a um engenho maior na região (Engenho Poxim). A documentação
histórica indica que os engenhos da região do rio Poxim Açu utilizavam a força
motriz dos rios.
Foram realizadas
262 sondagens de verificação subsuperfície e
prospecção superficial com objetivo de inserir o rio Poxim-Açu dentro do
quadro arqueológico do estado e, portanto, no Cadastro Nacional de Sítios
Arqueológico [CNSA]. O esforço amostral permitiu a equipe de pesquisa também
identificar no sítio Goiabeira, um muro
de arrimo de calcário associado ao século XIX , o qual refere-se a um antigo
dique que acumulava água durante os regimes de cheia do rio Poxim-Açu. Nele
foram coletados artefatos cerâmicos, ósseos faunísticos e materiais
construtivos, provavelmente associados ao funcionamento do Engenho Poxim. Já
no Sítio Aguiar, o estudo evidenciou uma estrutura do início do século XX, com
obras de faiança fina brasileira e portuguesa, porcelana. A interpretação
realizada aponta para uma ruína de uma residencia. Além do retorno de valor
histórico, a descoberta estimulou a produção acadêmica, rendendo três trabalhos
de conclusão de curso e a elaboração de artigos.
Descoberta de novos sítios arqueológicos em Sergipe. Imagem retirada da Deso - Companhia de Saneamento de Sergipe. |
Referências:
Deso - Companhia de Saneamento de Sergipe
Arqueologia no Poxim
Reviewed by De Olho No Poxim
on
março 05, 2018
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